terça-feira, 25 de novembro de 2008

Sou - Little Joy

Ouvindo os trabalhos individuais de Marcelo Camelo e Rodrigo Amarante, não evitei uma comparação entre os dois álbuns. Não uma comparação pra dizer quem se saiu melhor, mas apenas analisando o projeto dos dois hermanos.

O Sou, de Camelo, eu recebi bem desde a primeira ouvida. A banda que o acompanha, o Hurtmold, é excelente e faz uma sonoridade interessantíssima, principalmente no arranjo das guitarras. A faixa Mais Tarde, sexta do disco, é a minha favorita devido a esse fator.
Eu, sinceramente, acho o Marcelo Camelo mais compositor que o Amarante, sobretudo no que diz respeito à parte melódica. Em todo esse tempo de Los Hermanos ele já mostrou isso. Como exemplo as músicas Dois Barcos e Sapato Novo - ambas fazem parte do álbum 4. Melodias bonitas, dignas de um bom compositor. E, nesse trabalho novo, Camelo mostra isso de forma mais acentuada nas faixas Théo e a Gaivota, Doce Solidão e na belíssima Passeando.


Mas, o disco do Amarante me agradou mais. Acompanhado do baterista brasileiro do The Strokes, Fabrizio Moretti, e a cantora Binki Shapiro, o Little Joy me trouxe um sentimento mais agradável, quase que saudosista. Amarante saiu-se bem cantando em inglês, com uma voz que até lembra o Julian Casablanca, vocalista do Strokes. Quanto as canções, o que mais gostei foi o ritmo meio jovem guarda de Brand New Start, da voz infanto-juvenil da Binki Shapiro na faixa Unattainable (só pra competir com a Mallu Magalhães) e o estilo rock moderno da faixa Keep Me in Mind.

Mesmo que aqueles fanáticos por Los Hermanos, por algum tipo de implicância, não tenham gostado do Sou ou do Little joy, os dois trabalhos valem uma recomendação, principalmente neste tempo chuvoso, onde a melhor opção é ficar em casa, com raiva da chuva, e ouvindo toda a biblioteca do Windows Media Player.